A rubrica “Cosmos, asas e falsificações – a ciência nas palavras os poetas” nasce da colaboração da Cooperativa Bonifrates e a parceria do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com o programa Conselho Científico.
A montagem de som é de Hugo Oliveira.
A montagem de som é de Hugo Oliveira.
#1 O poema que inaugura esta nova rubrica do programa é um poema de Álvaro de Campos. Nascido em outubro de 1890, é um dos heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa. Segundo a biografia traçada por Pessoa, Álvaro de Campos estudou engenharia mecânica e depois engenharia naval. Em muita da sua poesia revela o fascínio pela ciência e pela técnica da civilização moderna. Neste pequeno poema reflete, não sem humor, a relação entre a ciência e a arte. Um poema lido por Cristina Janicas.
Cosmos,asas e falsificações - a ciência nas palavras dos poetas#1 by Conselho Científico on Mixcloud
#2 Na semana da Ciência e da Tecnologia, quando se comemora oaniversário do nascimento de Rómulo de Carvalho, que foi também poeta, o poema da rubrica é deste autor. António Gedeão é o pseudónimo literário de Rómulo de Carvalho, que viveu em Lisboa entre 1906 e 1997. Químico de formação, foi professor de Físico-Química do Ensino Secundário. O poeta, esse, não deixou de ser abundantemente permeável aos temas da ciência nos muitos e conhecidos poemas que escreveu. Um poema lido por Alexandra Silva.
Cosmos,asas e falsificações - a ciência nas palavras dos poetas #2 by Conselho Científico on Mixcloud
#3 O poema #3 da rubrica é um poema de José Saramago, dito pelo actor João Janicas, da Bonifrates. José Saramago percorreu este mundo da aldeia da Azinhaga, na Golegã, a Lanzarote, nas ilhas Canárias. Entre 1922 e 2010 foi romancista, argumentista, contista, poeta, ensaísta, dramaturgo,jornalista… Foi galardoado com o Nobel de Literatura e o Prémio Camões. Defendeu o iberismo. Era ateu e comunista.
Cosmos,asas e falsificações - a ciência nas palavras dos poetas #3 by Conselho Científico on Mixcloud
Ainda a cheirar a Natal, “Estudo para um caos” é dito por Bárbara Janicas.
Publicado em 1944, foi escrito pelo poeta e prosador brasileiro, Murilo Mendes, que participou no Movimento Antropofágico e foi um dos expoentes do modernismo e do surrealismo daquele país.Telegrafista, auxiliar de contabilidade, notário e Inspetor do Ensino, conferencista e professor, Murilo Mendes manteve-se fiel às imagens da sua origem mineira mas percorrendo a Europa a divulgar a cultura brasileira. Morreu em Lisboa em 1975.
Cosmos,asas e falsificações - a ciência nas palavras dos poetas #4 by Conselho Científico on Mixcloud
Dois dias após o absurdo atentado à liberdade de pensamento e
de expressão, à irreverência e ao direito ao riso executado sobre todos nós na redação do
Charlie Hebdo, trazemos ao “Cosmos, asas e falsificações”, o humor e a
mordacidade da poesia de Alberto Pimenta. A sua mais exata biografia (a que
sempre usa) continua a ser: «A. P. nasceu em 1937 e ainda não morreu». Nos seus
multifacetados textos, como nos happenings e performances que protagonizou, o escritor,
poeta e ensaísta português Alberto Pimenta distingue-se pelo caráter insurreto,
experimental e necessariamente controverso da sua intervenção política e
criativa. Nada que tenha alguma vez incomodado o autor, como deve ser sempre
perante a intolerância, que também deixou em Coimbra, onde se licenciou em
Filologia Germânica, marcas da sua insubordinação.Um texto lido por Adérito
Araújo, com produção sonora de Hugo Oliveira.